domingo, 28 de agosto de 2011

UMA NOTÍCIA QUE ME IMPACTOU TAMBÉM: Aborto não; já o estupro...

TRANSCRITO NA ÍNTEGRA DE:

http://doa-a-quem-doer.blogspot.com/2009/04/aborto-nao-ja-o-estupro.html 


Aborto não; já o estupro...


Essa é a posição do arcebispo de Olinda e Recife, “dom” José Cardoso Sobrinho (foto acima), que aplicou o “Código de Direito Canônico” para excomungar toda a equipe médica que atendeu à menina de 9 anos, grávida em decorrência de estupro. Pelas “leis” católicas, uma pessoa excomungada não pode participar das atividades comuns aos fiéis, como receber a hóstia, casar “na igreja”, nem ser padrinho ou madrinha etc.
A menina, de 1,36 m e 36 kg, vinha sendo estuprada pelo padrasto desde os seis anos, assim como a irmã dela, de 14 anos. Ela residia em Alagoinhas, a 227 km de Recife, e estava grávida havia 15 semanas. A mãe – também excomungada – não sabia de nada, e soube do estado da menina porque ela sentia dores na barriga, tonturas e enjoos, e por isso foi levada ao médico.

“O risco maior seria a continuidade da gravidez. Uma criança de 9 anos não tem ainda os órgãos formados”, declarou o diretor médico do hospital de Recife, onde a gravidez foi interrompida no dia 4 de março. O procedimento foi correto, pois a lei permite o aborto em vítimas de estupro até a 20ª semana de gestação. Mas foi condenado pela Igreja Católica. “Está no Código de Direito Canônico que qualquer pessoa que comete o aborto está automaticamente excomungada”, explicou o arcebispo. Seus coleguinhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concordam. “Para nós, sempre terá precedência o mandamento do 
Senhor: ‘Não matarás!’” – afirmaram.
Até o presidente Lula se pronunciou: “Como católico, lamento profundamente que um bispo tenha um comportamento conservador como esse. Não é possível permitir que uma menina estuprada pelo padrasto tenha esse filho, até porque ela corria risco de vida”.

Em Roma, o chefe do Departamento do Conselho Pontifício para a Família, “dom” Gianfranco Grieco (na foto com sua mitra tradicional), reafirmou ao 
jornal italiano Corriere della Sera que “a igreja não pode nunca trair sua posição, de defender a vida, da concepção até o seu término natural, mesmo diante de um drama tão forte”. Os médicos estariam totalmente em pecado “porque são protagonistas de uma sentença de morte”.

E esse tal “dom” José Cardoso Sobrinho alguém sabe quem é? É um prelado bem cioso de sua autoridade. À frente da Arquidiocese de Olinda e Recife desde 1985, quando substituiu “dom” Hélder Câmara, ele já destituiu vários padres, fechou instituições fundadas pelo antecessor e chamou a polícia para proteger o palácio 
episcopal dos fiéis; pediu que a prefeita de Olinda, Luciana Santos, saísse da fila da hóstia por pertencer a um “partido ateu”, o PCdoB, e condenou o padre Edwaldo Gomes a três meses de suspensão e à retratação pública por ter celebrado uma cerimônia conjunta com bispos anglicanos. É este o currículo desse cidadão (foto).
Quanto ao estuprador, a “santa, una e verdadeira” igreja não se manifestou, pelo menos não de forma lógica e inteligível aos não especializados em “direito canônico”.


Após aborto, apoio médico e psicológicoPoucas semanas após o aborto, a menina que foi abusada pelo padrasto passa os dias desenhando, pintando e brincando com bonecas num abrigo em Recife, com a mãe e a irmã, de 14 anos. A Secretaria Especial da Mulher, responsável pela tutela da menina, afirma que ela 
passa bem, recebe apoio médico e psicológico e não faz idéia do que houve. A secretária-executiva da pasta, Lucidalva Nascimento (foto), diz que a garota não entende o que passou pois é "muito menina": ela pensa que estava com verminose. Lucidalva diz que a menina gosta de participar das atividades lúdicas e recreativas promovidas pelo abrigo e que tanto ela como a irmã, que também sofreu abusos, voltarão a estudar assim que retornarem à rotina em outra cidade. Na escola onde estudava, professoras dizem que ela era "carinhosa e nunca faltava às aulas". Mesmo assim, apresentava déficit e repetiu o segundo ano do ensino fundamental.
A mãe das meninas não quer retornar a Alagoinhas porque teme que as filhas fiquem estigmatizadas na cidade, de 14 mil habitantes, e não consigam retomar suas vidas. A casa em que viviam está trancada desde 27 de fevereiro. O proprietário aguarda a retirada dos pertences para alugar o imóvel. O pai, lavrador, vive longe da família há mais de dois anos, e afirmou que não tinha notícias porque a separação foi traumática: "Ninguém me conta nada”. Diz que quando viu a filha ela apontou para a barriga e disse que teria duas crianças. "Ela falou que ia ser uma dela e outra para a irmã brincar”. Ele afirma que permitiu o aborto porque disseram que a filha ia morrer. No dia em que o estuprador foi preso, o pai foi chamado por amigos e vizinhos, mas preferiu não ir à delegacia. Segundo ele, se for preciso, vai pedir a guarda das meninas.

Código Penal prevê justificação do aborto
A lei brasileira, diferente da “lei canônica”, prevê a justificação do aborto, desde a década de 1940. Dispõe o artigo 128 do Código Penal que “não constitui crime” o aborto praticado por médico, “se não há outro meio de salvar a vida da gestante” ou “se a gravidez resulta de estupro” e se houver consentimento do representante da gestante incapaz. No caso, as hipóteses se somam. Uma menina de 9 anos, fisicamente ainda mal formada, carregando dois fetos, corre graves riscos de vida, sendo, segundo os médicos, aconselhável a interrupção da gravidez para salvaguarda da gestante.

Vaticano defende a excomunhão

O cardeal Giovanni Battista Re (na foto em pose de contrição e santidade), presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, defendeu em entrevista ao jornal La Stampa a excomunhão da mãe da menina. "Os gêmeos concebidos eram inocentes, tinham o direito de viver e não podiam ser eliminados", afirmou o cardeal, que também chefia a “congregação dos bispos”. "É preciso sempre proteger a vida, os ataques à Igreja brasileira são injustificados. A excomunhão dos que provocaram o aborto é justa porque é a supressão de uma vida inocente", concluiu.
Perguntaríamos ao eminente prelado o que diria o seu homônimo bíblico, o profeta João Batista, sobre estuprador e vítima: defenderia a menina ou os fariseus do Sinédrio de Roma?
COMENTÁRIO – Como está distante do exemplo de Jesus esta instituição retrógrada, baseada em leis medievais e completamente fora da Palavra de Deus! Todos concordam: médicos, advogados, psicólogos, assistentes sociais, policiais, políticos, a população em geral, e até presidiários – não se pode mais viver sujeito a essas cabecinhas ridículas que pretendem guiar a Humanidade. Quando molestadores de crianças, travestidos de santos, são protegidos por seus pares em julgamentos “canônicos” de mentirinha, e no caso desta pobre menina, a parte mais fraca é condenada, imaginamos como seria bom se esses senhores aplicassem suas leis inquisitoriais sobre si mesmos, excomungando-se mutuamente!


ATENÇÃO: SO PORQUE POSTEI ALGUM TOPICO, VIDEO OU TEXTO AQUI NÃO QUER DIZER QUE EU CONCORDE EM TUDO COM O QUE ELE DIZ E TRANSMITE OU AINDA COM A PESSOA QUE O FEZ. NÃO POSTE BOBAGENS, PEDIMOS EDUCAÇÃO COMO A DE UM CONVERTIDO, E SOMENTE POSTE COMENTARIOS DE ACORDO COM O ASSUNTO ABORDADO NO TOPICO, CASO CONTRARIO ELE SERA DELETADO. LEIA AS ESCRITURAS E PRATIQUE A VONTADE DO ETERNO, QUE O ETERNO LHE ABENÇOE EM NOME DO SALVADOR !!!

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