domingo, 28 de agosto de 2011

As vacas sagradas evangélicas

TRANSCRIÇÃO NA ÍNTEGRA DE:http://doa-a-quem-doer.blogspot.com/




"As vacas sagradas evangélicas 

Na cidade americana de Newark, em 2008, um grupo de voluntários se dedicou a pedir a Deus que cuidasse da cidade. Segundo a Harvest Evangelism, ministério que organizou a campanha, 100% da cidade foi visitada pelo grupo, que se intitula“Pray For Newark” (“Oração Por Newark”). Em março de 2010, as mais de mil ruas tiveram seu primeiro mês sem homicídios desde 1966: resultado da intervenção divina?
Mas no final do ano um corte de despesas levou à demissão de 167 guardas municipais. O resultado: até o meio deste ano,  segundo a rede de TV CBS os homicídios cresceram 71%, os tiroteios 29% e o roubo de carros quase 40%. Os resultados alegados pelo “Pray For Newark”, de repente, parecem ter evaporado.
Certo pastor deu um depoimento curioso em seu site. Afirma que o Espírito Santo lhe disse, segundo Jeremias 19, para ir à Câmara de vereadores da sua cidade, fazer uma convocação de arrependimento. Segundo diz, Deus queria um profundo arrependimento na vida dos vereadores e na cidade, e caso não fosse atendido, Deus iria quebrá-los como o profeta quebrou uma botija em Jeremias 19:11. Fizeram uma oração e quebraram a botija, como Jeremias.
Passado algum tempo, um grupo de pastores foi ao presidente da Câmara e “entregou a mesma palavra que o profeta Jonas entregou ao Rei de Nínive”, chamando-o e à cidade ao arrependimento, para que o juízo não viesse e sim a bênção. Entregaram a chave da cidade para Jesus e confessaram os pecados da cidade; mas, “como não houve arrependimento nem do Presidente da Câmara, nem dos vereadores, nem da cidade, o juízo entrou em operação”: promotores começaram a investigar vereadores e alguns foram presos, uns afastados e outros perderam o mandato. Chuvas e tempestades causaram rachaduras no prédio da Câmara, a ponto de ser interditado. A Câmara foi “quebrada”, diz relato do pastor; a chuva arrancou, fez cair ou torceu muitas árvores da cidade, mostrando as suas raízes - Deus disse que estava agindo com juízo para trazer a luz as raízes de iniquidade.
O pastor conclui que “o ato profético realizado trouxe a vontade de Deus à existência. Seria bênção com a prática de arrependimento ou juízo com a prática de negligência ao arrependimento. Como não houve arrependimento, veio o juízo”.
Ciro Zibordi relata que “uma famosa intérprete do chamado mundo gospel, num ‘ato profético’, andou como um animal quadrúpede em cima de um palco (foto ao lado), como se fosse uma leoa (clique aqui para ver). A mesma cantora e seu grupo, em um mega-show, no Rio de Janeiro, apresentou um deprimente espetáculo em que um rapaz representou o Diabo, enquanto ela o pisava ‘profeticamente’ ... acompanhada de dançarinos que poderiam, sem exagero, fazer parte dos shows da Madonna, da Britney Spears ou da Beyoncé. Há alguns anos, seguidores de um grupo ‘evangélico’ resolveram, também num ‘ato profético’ ao extremo, escalar e ungir o Dedo de Deus, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Segundo eles, esse pico é um chamariz da presença de Deus. Além disso, bem próximo dele há outro que, de tão parecido, chega a se confundir com ele — a Agulha do Diabo, que também precisaria ser ungida. Com isso, declararam ‘profeticamente’ que o Rio pertence ao Senhor e que toda ação diabólica foi quebrada!”.
Pergunta Zibordi: “Melhorou alguma coisa no Rio de Janeiro depois desses ousados ‘atos proféticos’? Do jeito que o Diabo foi supostamente pisoteado e humilhado, diante de milhares de pessoas, no mínimo ele estaria fora de combate, mas o Inimigo continua bastante atuante, não só em territórios fluminenses, como em todo o mundo. E quanto às unções do Dedo de Deus e da Garganta do Diabo, que resultado trouxeram?”
Há vários outros relatos semelhantes, cujas conseqüências são, no mínimo, inconclusivas. Não há como ter certeza de que o que aconteceu, aconteceu por causa do “ato profético”. Por exemplo, no ano 2000, houve grandes mobilizações para declarar que “o Brasil é de Jesus”, que haveria arrependimento pelos 500 anos anteriores de escravidão, corrupção e outros males, e que dali para a frente o País seria outro. Bem... de lá pra cá não sei se houve melhora. Continua a corrupção (não sei quantos mensalões de lá pra cá), a exploração econômica, a decadência moral, os crimes sexuais, o roubo... e até entre os cristãos isso tudo tem aumentado.
O que deu errado?
Segundo seus adeptos, “o ato profético é feito mediante uma profecia, ou seja, diz que algo vai acontecer e um ato demonstra tal acontecimento, vindo da parte de Deus irá acontecer. Tudo aquilo que fazemos nesse plano físico (atos ou palavras) resulta no plano espiritual. Atos proféticos são sinais que apontam para o reino espiritual que resulta no reino físico. Atos proféticos são orações representadas por atitudes e palavras. Palavras proféticas são aquelas de afirmação, de certeza do que ainda não aconteceu e conclusivas, o que difere das orações de petição, agradecimento, intercessão, batalha, etc”.  
Afirmam ainda que “Adão e Eva se cobriam com folhas de figueiras, que simbolizam a Israel que não consegue cobrir sua nudez e depois Deus os cobre com pele de cordeiro, o que simbolizava Jesus, o Cordeiro que cobre a nossa nudez, ou seja, o nosso pecado (transgressões)” (Nota: já começou errado: se a nudez de Adão e Eva simboliza Israel, os gentios estariam isentos da condenação?...)e que “Jacó teve o seu nome mudado por Deus em uma atitude profética, como sinal, de que seria a sua descendência o povo escolhido por Deus, pois Jacó quer dizer ‘usurpador’ ou ‘enganador’ e o novo nome dele passou a ser Israel que quer dizer “Povo de Deus”. Deus mudou a identidade de Jacó e conseqüentemente mudou toda a sua história”. (Nota: Israel significa“o que luta com Deus”... continuam os erros).
Prosseguem relatando o que entendem por “atos proféticos”:
Deuteronômio 11:24-25 e Josué 1:3 e Juízes 3:13, plantas dos pés conquista os territórios. Isaías 62:10 e Números 1:52, bandeiras que demarcam os territórios como conquistados. Josué 6:4, Toque do shofar e marcha rodeando o local a ser conquistado. Êxodo 15:23-25, Moisés lança uma árvore nas águas amargas e as torna doce. II Reis 2:21, Eliseu derramou sal na cabeceira do rio, que transbordou. II Reis 4, Eliseu ordenou que a viúva pedisse vasilhas para o azeite e Deus operou um grande milagre. Malaquias 3:10-12, dízimos para se proteger do demônio Devorador e oferta para prosperar. Marcos 10:39, batizar em águas. Marcos 10:44, servir, ser submisso, ser liderado, para
liderar e governar.  Marcos 13:14, designar 12 para estar com o líder. Marcos 13:10, pregar o Evangelho em todos os lugares. Atos 6:6 e 19:6 e Hebreus 6:2, imposição de mãos. Tiago 5:14-16 e Isaías 10:27, unção com óleo (já explicamos aqui que a unção é coisa séria e a de Tiago não tem nada a ver).
Mais exemplos bizarros, quase todos tirados do Velho Testamento:
Profetizar contra os montes (Ezequiel 6:1-3), bater com as mãos e os pés (6:11), gritar e uivar (21:12); gravar marcos nas entradas da cidade (21:19), enterrar e desenterrar cintos (Jeremias 13:1-11), golpear a água com manto (II Reis 2:8,13-14), marchar gritando em círculos (Josué 6:1-20), dar voltas nos quatro cantos da cidade, contar suas torres (lugares fortes) e observar bem suas defesas (Salmo 48:11-12), deitar na terra confessando pecados e profetizando 
(Ezequiel 4:4-6); bandeiras como símbolos de uma nação ou região (Isaías 13:2, 18:3), proclamar a Palavra aos montes, vales, pedras, árvores ou animais (Ezequiel 36:1-15), lançar ou espalhar sal em pontos estratégicos para firmar pactos (Levítico 2:13; II Reis 2:21-22; II Crônicas 13:5), derramar azeite e vinho sobre lugares específicos (Levítico 8; Gênesis 35:12-14), arco e flechas, facas, espadas (II Reis 13:14-19), danças proféticas (Êxodo 16:20-21; II Samuel 6:14-16), toques de shofar (Josué 6:2-16)... e outras coisas que tornam a Bíblia um verdadeiro manual de feitiçaria! Misericórdia!!! Se quiser ver mais, clique aquie prepare-se para sentir o estômago embrulhar. Eu senti vontade de vomitar (sobre dança profética, falarei em breve, em outropost).
Tem mais: Pedro pescou 'profeticamente' um peixe com o dinheiro na boca (Mateus 17:27), Jesus tocou os olhos dos cegos (Mateus 9:29), cuspiu diretamente nos olhos do cego e o curou (Marcos 8:23-25), ordenou que os pescadores lançassem a rede do barco para pegarem os peixes, mesmo que não haviam pego nada (Lucas 5:4-6), parou o enterro, tocou no esquife e ordenou que se levantasse o jovem morto (Lucas 7:12-15), colocou as mãos sobre a mulher encurvada que passa a ser curada (Lucas 13:13),  ordenou que os dez leprosos fossem mostrar aos sacerdotes, e nessa ida profética, foram curados na caminhada (Lucas 17:14), mandou encher de água os vasos e os transformou em vinho no casamento (João 2:7-9)... e por aí vai.
Praticamente todo e qualquer milagre é relacionado a um “ato profético”, e depois de citarem inúmeros exemplos forçados, terminam dizendo que “a Santa Ceia do Senhor é o maior ato profético da história, que representa a morte e ressurreição de Jesus”!
O espaço está acabando e vamos ter que continuar depois, mas creio que já deu para notar os exageros desse pessoal, para quem praticamente tudo era “ato profético”, e por isso é lícito fazermos o mesmo.  Só que hoje tem tanta coisa chamada de “ato profético” que não há diferença nenhuma das simpatias, macumbas e derivados. Penso que está configurada a falácia: dizer que o batismo nas águas é um ato profético e “designar 12 para estar com o líder” é profético, só pode ser brincadeira ou ignorância. Isto de ser tudo profético é a base do movimento G12, nada mais que um método para crescimento de igrejas. Citar Malaquias como amuleto anti-falência... bem, eu só peço que clique aqui aqui e aqui para saber o que eu penso disto. “Ser submisso para liderar e governar” é dominionismo da pior espécie.
Esses erros grosseiros não explicam o porquê do não-cumprimento, por exemplo, do que foi feito no “aniversário” do Brasil, nem por que a criminalidade voltou a aumentar em Newark. Brasília, por exemplo, deve ser a campeã em ato profético. Tem melhorado a atmosfera na capital? E no caso relatado da Câmara dos Vereadores, se eles tivessem aceito a proposta dos pastores a corrupção não teria sido revelada? O que tem a ver as árvores derrubadas na tempestade com Deus revelar as “raízes da iniqüidade”? É preciso cair uma árvore para se saber qual é a raiz da iniqüidade?
Eu penso que a Bíblia tem as respostas. A Palavra aconselha em Deuteronômio 18:22, que “Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele”. 
Posso até estar pegando pesado, mas precisamos destruir logo essa falácia que vai, aos poucos, se enraizando na Igreja e se transformando em mais uma “vaca sagrada evangélica”. Se demorarmos a agir nesse sentido, pode ser tarde demais, pois o que está por trás desses “atos proféticos” é grande e poderoso, como mostrarei na semana q
ue vem."
"Existem certas coisas que são tidas como sagradas, mas às vezes não têm sentido nem razão de ser assim. Coisas comuns e ordinárias que as pessoas cismam que são especiais e criam dogmas para elas, isto é, não admitem contestação.
Por exemplo, os hindus têm uma veneração especial por vacas. Esse animal é para eles símbolo de abundância: numa região miserável, fornece o leite que sustenta e alimenta, importante opção na dieta vegetariana que adotam. Crêem que a vaca, por sua natureza gentil, calma e tolerante, possui uma figura matriarcal e dá muito ao homem não pedindo nada em troca. A vaca ocupa lugar de honra na sociedade hindu; daí o termo “vaca sagrada” para designar coisas inquestionáveis.
Só que não é apenas o hindu que possui “vacas sagradas”.
Os católicos, por exemplo, têm uma manada inteira de vacas sagradas. Toda uma coleção de itens que nem mesmo se pode falar a respeito. Mas eu falo, como aquiaquiaqui eaqui, e num monte de outras postagens. Por isso não vou falar de novo, pelo menos por enquanto.
Os espíritas ficam possessos (pleonasmo?) quando se questiona sua questionável (é isso mesmo, pode colocar o “sic”) doutrina. Nada há que possa dar a seus dogmas o rótulo de “científicos”, como querem. Dizem que não é religião, mas uma ciência... uma ciência que não prova nada, diga-se de passagem. É um credo sim, uma religião, doa a quem doer. Nada tem de científica. O inventor dessa crença atendia pelo nome artístico de Allan Kardec, na verdade um francês chamado Hypollite Leon Denizard Rivail (engraçado, um nome tão bacana desse e o cara quis inventar outro; parece que tinha mesmo o dom da invenção).
Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido depois que um “espírito” revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas (hmmmmm) na Gália antiga, e que então Hypollite se chamava “Allan Kardec”. Bem capaz mesmo de isso ser nome de druida gaulês... O que se sabe é que hoje o cara é intocável, tido como uma verdadeira sumidade, no mesmo pé de igualdade que o papa de Roma e o lama do Tibete. Ai de quem ousar duvidar de suas palavras iluminadas. Deixa ele pra depois, outra hora destrinchamos suas vacas.
E antes que me perguntem – e os evangélicos, hein?
Ah, esses são campeões.
Têm várias vacas sagradas, a chafurdar principalmente entre as muitas “vaquinhas de presépio” que ficam caladas, balançando a cabeça sem dizer nada. Uma “vaca sagrada”, que não admite questionamento, é o chamado “líder”, “o que tem a visão”, o “fundador do ministério”.
Temos visto recentemente uma proliferação de “novas visões” que dão origem a “apóstolos”, “bispos” e “patriarcas”, dentre outras aberrações, quase sempre “auto-proclamados” ou “auto-ungidos”. Isto é, como não existe nada disto, o sujeito mesmo se outorga um título que ele ache mais bacana ou mais apropriado (igual ao pseudônimo do professor francês...), e a partir dali tudo tem que estar debaixo da sua “cobertura” – um conceito que não existe nas Escrituras. Prova disto é que, quando algum “discípulo” se rebela, não procura uma igreja, congregação ou denominação “normal”: via-de-regra ele sai e funda a sua própria empresa igreja, na qual evidentemente ele é o manda-chuva. E o ciclo se repete, o novo “bispo” ou seja lá o que for, agora é o “pai-de-todos”, e a “cobertura” passa a valer dele para baixo. Para cima não, ele é “o ungido” (mais um). Ninguém há acima dele. Você pode ver mais sobre isto aqui.
E aí surge outra “vaca sagrada”. A tropa de choque, adeptos que estão sob a sua “cobertura” (eu prefiro dizer sob a sua influência ou domínio), a turma toda saca logo a passagem “não toqueis no ungido do Senhor”, para blindar o chefe. E as heresias, “novas visões”, “novo mover”, o “novo de Deus”, continuam surgindo em cascata, sem nenhum tipo de oposição ou questionamento.
Mas até onde essa idéia de “ungido” é válida? Qual a base bíblica para essa “vaca sagrada”?
I Samuel 24:6, 9 conta que Davi, quando teve a oportunidade de matar Saul, “disse aos seus homens: o Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda a minha mão contra ele, pois é o ungido do Senhor... Mas Davi respondeu a Abisai: Não o mates; pois quem pode estender a mão contra o ungido do Senhor, e ficar inocente?”
Aqui muitos se apegam, dizendo que mesmo que Saul estivesse agindo errado, Davi não tentou derrubá-lo nem permitiu que o atacassem. Pode até ser, pois Saul de fato fora ungido rei. Só que Davi não usou de violência contra Saul, mas nem por isso aceitou o mal que o rei fazia e nem tentou manter a imagem de Saul intacta. Pelo contrário, denunciou a injustiça em frente ao exército real; ele não se intimidou e abriu o verbo, dizendo: “Por que o meu senhor persegue tanto o seu servo? que fiz eu?...  saiu o rei de Israel em busca duma pulga, como quem persegue uma perdiz nos montes”. E Saul caiu na real: “Agi como louco, errei grandissimamente” (I Samuel 26:18-21).
Quantos “líderes ungidos” hoje, “vacas sagradas” entronizadas em seus ministérios-feudos, se repreendidos publicamente, assumiriam seus erros?
Antes de blindar este ou aquele “ungido do Senhor”, precisamos saber o que era a unção no VT, para que servia, como era usada, pois há distinções entre aquela época e hoje, conforme se segue:
1 - o significado da unção
No Antigo Testamento tudo o que envolvia o culto era simbólico e provisório. A caminhada pelo deserto, o tabernáculo, o altar, o animal sacrificado, os sacerdotes. Tudo figurava as realidades definitivas que seriam estabelecidas por Jesus no Novo Testamento, quando, então, o Antigo Testamento seria superado.
A unção com óleo também era simbólica e provisória. O tabernáculo e a arca significavam a presença de Deus e o sacerdote era o mediador, santificado para isso. Os textos sobre a preparação e uso do óleo são muito claros. Em Êxodo 30:22-33 lemos sobre o “óleo sagrado da unção”, um preparado que não era somente o azeite da oliveira. No hebraico as palavras shemen (óleo), qodesh(separado para Deus, sagrado), e mishchah (consagração, unção para consagrar) mostram claramente que na unção com óleo objetos, lugares e pessoas eram especialmente consagrados, separados em santificação. Por isso, após a preparação, o óleo era aspergido sobre o tabernáculo, os móveis, o altar e os sacerdotes. Mas não podia, de maneira nenhuma, ser aplicado sobre o corpo de alguém; somente os sacerdotes podiam ser ungidos. Quem usasse do óleo de maneira diferente era banido do povo de Deus! Leia Êxodo 30:31-38. 
Há quem diga que o óleo significa a presença do Espírito Santo, no entanto não encontramos tal ensinamento ou afirmativa nas Escrituras (fonte:http://entendaabiblia.blogspot.com/2008/ 10/h-muitos-desvios-praticados-no.html) . Talvez isto venha da interpretação de que Saul, ao ser ungido rei, veio sobre ele o Espírito, e profetizou. Mas como dissemos, essa unção era simbólica, provisória e externa, tanto que depois o Espírito se retirou de Saul e Deus escolheu outro para reinar.
Quantos hoje em dia já “perderam a unção”, mas ainda se acham o rei da cocada?
Notem que eu não falo aqui da unção citada em Tiago 5:14, que obviamente é outro assunto.
2 - o derramamento do Espírito Santo
No VT o Espírito Santo agia de modo externo. Exemplos: Otniel (Juízes 3:10); Gideão (6:34); Jefté (11:29); Sansão (13:25; 14:6, 19; 15:19).  O Espírito concedia a cada pessoa uma capacitação especial para o cumprimento de uma missão específica.  Em Êxodo 35:30-36.1, O vemos capacitando Bezalel e Aoliabe para realizarem trabalhos no tabernáculo.  Também os profetas recebiam capacitação para anunciarem, com ousadia e fidelidade, a Palavra de Deus, para orientação do povo (Ezequiel 11:5; Miquéias 3:8).  Com “modo externo” queremos dizer capacitação para a realização de trabalhos, mas não uma ação interna e regeneradora. Embora alguns mostrem ser regenerados, como Davi, Ezequiel e Miquéias, em Saul a operação se limitou a conceder capacitação, sem ação regeneradora.
3 - a atuação do Espírito hoje
Após o derramamento do Espírito em Pentecostes ocorreram duas mudanças importantes:
a) Ele deixa de agir apenas sobre alguns indivíduos especialmente chamados para a realização de tarefas importantes e passa a agir em todos os membros do Corpo de Cristo, concedendo a cada um deles dons espirituais.
b) Antes o Espírito ficava no meio de Israel, porém no Novo Testamento Paulo diz que o Espírito mora dentro dos crentes (I Coríntios 3:16; 6:19), de modo que a bênção da nova aliança é maior que a da antiga. (fonte:http://3ipbcarapicuiba.blogspot.com/2011/07/o-derramamento-do-espirito-santo.html).
Assim, vemos que o Espírito é derramado sobre todos os crentes e não apenas sobre alguns escolhidos. Diferentemente dos tempos da Velha Aliança, hoje todos os membros do Corpo têm o discernimento e a capacidade de entender os propósitos de Deus e verificar se tal e qual ensino está de acordo com a Palavra (pelo menos teoricamente deveriam ter). Não existe um alguém que não podemos questionar ou confrontar, dentro da Palavra. Portanto, é lícito a qualquer crente, com base no correto entendimento da Palavra, questionar a quem quer que seja, pois o mesmo Espírito habita em todos, cf. I Coríntios 6:19;  II Coríntios 4:13 e 12:18; e II Timóteo 1:14.
Por isso Paulo, mesmo se considerando o menor dos apóstolos, “um abortivo”, não hesitou em repreender “o maior dos apóstolos”, Pedro. Engraçado, quem diz que Pedro é o maior não conhece o que Jesus disse, “mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva” (Marcos 10:43). E ainda se acham “a verdadeira igreja”... Voltando, Paulo repreendeu Pedro “porque[Pedro] era repreensível” (Gálatas 2:11). Paulo não quis saber de unção, primazia etc.; Pedro pisou na bola, e foi confrontado, pronto, acabou.
Outros citam o Salmo 105: 22 ou I Crônicas 16: 22 (passagens paralelas), “Não toqueis os meus ungidos, e não façais mal aos meus profetas”. Mas se esquecem, convenientemente, do que vem antes: abandonam o contexto para criar um pretexto.
Vejamos toda a passagem de I Crônicas 16:
15 Lembrai-vos perpetuamente do seu pacto, da palavra que prescreveu para mil gerações;
16 do pacto que fez com Abraão, do seu juramento a Isaque,
17 o qual também a Jacó confirmou por estatuto, e a Israel por pacto eterno,
18 dizendo: A ti te darei a terra de Canaã, quinhão da vossa herança.
19 Quando eram poucos em número, sim, mui poucos, e estrangeiros na terra,
20 andando de nação em nação, e dum reino para outro povo,
21 a ninguém permitiu que os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis,
22 dizendo: Não toqueis os meus ungidos, e não façais mal aos meus profetas.
Davi está falando de Israel, povo escolhido, separado e ungido por Deus, como profetas para testemunho a toda a humanidade. Não se aplica, portanto, a um homem superior aos outros com prerrogativa de ser intocável. O contexto é o retorno da arca, que estava com os filisteus. Foi nessa ocasião que Davi saiu dançando, outra passagem sagrada para os defensores da “dança profética” e dos “ministérios de dança”. Mas deixo isto para outra hora.
Assim como a impertinência das “novas unções”: tem unção da unidade, unção da coragem, da prosperidade, da criatividade, da conquista, da vitória, do riso, da alegria (referências ao Salmo 45:7 e Isaías 61:3, que só podem e devem ser entendidas em sentido figurado)... complicado, isso. Por enquanto, creio que basta para provar que o conceito “não toqueis no ungido do Senhor”, da forma que é usado em alguns círculos evangélicos, não passa de uma falácia, para proteger “líderes” questionáveis de confrontos que eles não desejam, para não verem expostos seus erros.
Infelizmente, a maioria descerebrada morre de medo de perder “a cobertura” e não ousa abrir a Bíblia como os de Beréia, “para ver se as coisas eram de fato assim” (Atos 16:10, 11)."




Será que isso é verdade: 



ATENÇÃO: SO PORQUE POSTEI ALGUM TOPICO, VIDEO OU TEXTO AQUI NÃO QUER DIZER QUE EU CONCORDE EM TUDO COM O QUE ELE DIZ E TRANSMITE OU AINDA COM A PESSOA QUE O FEZ. NÃO POSTE BOBAGENS, PEDIMOS EDUCAÇÃO COMO A DE UM CONVERTIDO, E SOMENTE POSTE COMENTARIOS DE ACORDO COM O ASSUNTO ABORDADO NO TOPICO, CASO CONTRARIO ELE SERA DELETADO. LEIA AS ESCRITURAS E PRATIQUE A VONTADE DO ETERNO, QUE O ETERNO LHE ABENÇOE EM NOME DO SALVADOR !!!



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