Polícia Federal prende suspeitos de divulgar pornografia infantil pela internet
Rede atuava em 11 Estados e no DF; além da troca de arquivos, foram identificados crimes como estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e canibalismo
Pelo menos nove pessoas foram presas acusadas de integrar uma rede internacional de divulgação de pornografia, inclusive de imagens de abuso sexual, que atuava em 11 Estados e no Distrito Federal, segundo informações da Polícia Federal. As prisões foram feitas no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná durante cumprimento de mandados de prisão e em flagrante, segundo a PF.
Minas Gerais: Estudante de Direito é acusado de pedofilia
A Operação DirtyNet foi desencadeada por volta das 6h desta quinta-feira, com o objetivo de desarticular uma quadrilha que compartilhava material de pornografia infantil na internet. Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.
Segundo a PF, integrantes do grupo trocavam arquivos contendo cenas degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso sexual. Além da troca de arquivos, foram identificados também relatos de outros crimes praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo, informou a PF.
Os alvos brasileiros compartilhavam material de pornografia infantil ainda com outros usuários da internet em mais 34 países. Os países envolvidos foram informados pela Interpol sobre a investigação para que continuem as investigações a fim de identificar todos os envolvidos.
Estudante de Direito é acusado de pedofilia em MG
Segundo o MPE, ao ser preso ele assumiu que passava as madrugadas conversando com adolescentes pela internet
Um estudante de Direito acusado de pedofilia foi preso em seu apartamento no bairro Anchieta, na região centro-sul de Belo Horizonte, uma das áreas mais valorizadas da capital mineira. Na residência foram apreendidos computadores de mesa, notebooks, câmeras fotográficas, CDs e DVDs e material pornográfico que ainda serão periciados.
O suspeito, de 35 anos, que trabalha como corretor de imóveis, era investigado há seis meses pelo Ministério Público Estadual (MPE) e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele negou envolvimento com pedofilia mas, segundo o MPE, ao ser preso assumiu que passava as madrugadas conversando com adolescentes pela internet. A investigação mostrou também que ele tem vários perfis diferentes em redes sociais, nos quais se apresenta como advogado, engenheiro e outras profissões.
Ainda de acordo com o MPE, uma ordem judicial permitiu a análise de mensagens trocadas pelo suspeito com outros internautas nas quais havia imagens de crianças e adolescentes sendo abusados sexualmente. Somadas, as penas por armazenar e distribuir material com pornografia infantil podem chegar a dez anos de prisão.
"Estão falando que pedofilia é crime, que eu vou ser jogado dentro de uma cela e ser abusado por outros presos. Se eu tiver cometido o crime, eu quero ser abusado", disse o acusado na delegacia
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