Terapeuta ocupacional
"Profissional da área da saúde que atua nos estudos, prevenção e tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras"Fonte: Coffito
O que é ser um terapeuta ocupacional?
O terapeuta ocupacional é o profissional de curso superior que trabalha na área da saúde com pessoas portadoras de algum tipo de incapacidade. A terapia ocupacional é uma área do conhecimento voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos. As técnicas utilizadas podem ser físicas, lúdicas, pedagógicas, artesanais, artísticas, etc. O objetivo desse trabalho é envolver os pacientes com atividades que promovam o restabelecimento ou desenvolvimento de faculdades e habilidades, na tentativa de integrar essa pessoa cada vez mais na sociedade. Esse trabalho pode ser de prevenção, habilitação ou reabilitação, e pode ser aplicado em pacientes de qualquer idade, dependendo de cada caso e de cada necessidade.
Quais as características necessárias para ser um terapeutaocupacional?
Para ser um terapeuta ocupacional é necessário que o profissional tenha gosto por ajudar as pessoas, acima de tudo, e que tenha interesse pela psicologia humana. Outras características interessantes são:
- responsabilidade
- paciência
- metodologia
- dinamismo
- interesse por psicologia
- facilidade em lidar com as pessoas
- simpatia
- visão humana
Qual a formação necessária para ser um terapeuta ocupacional?
Para ser um terapeuta ocupacional é necessário diploma de curso superior em Terapia Ocupacional, que tem a duração média de quatro anos. O curso proporciona ao aluno uma formação completa e humana. Algumas matérias que fazem parte da grade curricular do curso são: anatomia humana, biologia humana, atividades e recursos terapêuticos, fisiologia, sociologia, processos de saúde, psicologia do desenvolvimento, neurologia, ortopedia, abordagens terapêuticas, psicologia social e do trabalho, saúde mental, desempenho profissional, ética profissional, etc. Estágios supervisionados também fazem parte das exigências da maioria das instituições que oferecem o curso.
Principais atividades
- atender o paciente e conhecê-lo
- realizar sessões de conversa com o paciente e sua família e, dependendo de cada caso, elaborar um projeto de tratamento para o paciente
- começar o tratamento que pode incluir diversas técnicas e métodos, trabalhando junto com a fisioterapia, a fonoaudiologia, a psicologia, etc
- realizar atividades que desenvolvam habilidades do dia-a-dia que podem ser físicas, artísticas, pedagógicas, artesanais, lúdicas, entre outras, podendo envolver pintura, teatro, desenhos, jogos, etc
- realizar consultas constantemente e analisar a eficiência do tratamento, e caso necessário, realizar mudança no projeto inicial
Áreas de atuação e especialidades
A terapia ocupacional pode ser:
- preventiva: geralmente para pacientes que possuem alguma doença degenerativa. O profissional trabalha para que as habilidades de realizar tarefas do dia-a-dia sejam preservadas ao máximo
- habilitação: é voltada para pessoas que precisam aprender a realizar as tarefas do dia-a-dia da melhor forma. Geralmente são crianças que já nasceram com algum tipo de limitação, ou que adquiriram durante a infância
- reabilitação: é voltado para pessoas que perderam capacidades ou habilidades por algum tipo de doença, ou por pessoas que não conseguem realizar tarefas satisfatoriamente, como é o caso de pessoas muito estressadas ou hiperativas. Nesse caso, o trabalho é feito para tentar recuperar faculdades, e desenvolve-las ao máximo
A terapia ocupacional é muito eficiente, principalmente em:
- investigação diagnóstica
- reabilitação das funções físicas e mentais do paciente
- estimulação da independência nas atividades da vida diária e prática (AVD e AVP)
- confecção de adaptações
- auxílio do indivíduo na sua função familiar e social
- prevenção da ociosidade e da depressão
- ampliação da qualidade de vida, dentro das possibilidades e limitações do indivíduo
Os casos onde a terapia ocupacional é mais recomendada são:
- Acidentes vasculares cerebrais (derrames cerebrais)
- Bebês de alto-risco
- Deficiência mental
- Distúrbios de aprendizagem
- Psicoses ou distúrbios psicóticos
- Paralisia cerebral
- Síndromes genéticas
- Deficiência visual parcial ou total, congênitas ou adquiridas
- Depressões psico-neuróticas
- Traumatismos de medula vertebral
- Queimaduras de membros superiores
- Hanseníase
- Distúrbios reumáticos de membros superiores
- Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)
- Treinamento de próteses de membros superiores
- Lesões de nervos periféricos de membros superiores
- Fraturas de punho, mão e dedos
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para esse profissional é amplo, porém a profissão ainda é pouco divulgada, levando em conta a importância desse trabalho. Esse profissional pode trabalhar em hospitais, clínicas, centros especializados em terapia, ambulatórios, escolas e creches, centros de saúde, centros especializados no tratamento de deficiências, programas sociais e comunitários, etc. A terapia ocupacional tem grande eficácia para o paciente, podendo até ser feita em conjunto com outros tratamentos.
Curiosidades
A terapia ocupacional teve origem nos EUA, há aproximadamente 100 anos, e ultimamente, foi indicada por uma revista americana como uma das profissões do futuro. No Brasil, essa profissão foi regulamentada em 13 de outubro 1969, pela Lei n° 938. Atualmente a profissão tem ganhado cada vez mais destaque, visto que a preocupação com o bem-estar e com a integração dos indivíduos que possuem alguma limitação na sociedade também tem crescido. É importante salientar que a área de pesquisas de técnicas de adaptação também é muito impulsionada dentro da psicologia.
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