segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Flamengo, antes, durante e depois do aterro + Copacabana antiga em cinco tempos – Posto Seis



Alguns lugares do Rio de Janeiro são difíceis de imaginar sem as enormes intervenções urbanas que sofreram ao longo da história. Um deles, com certeza, é o bairro do Flamengo.

Segundo informações coletadas na Wikipedia “a orla original apresentava uma conformação recortada, com pequenas enseadas aqui e ali, como a Praia do Russel (na altura do atual Hotel Glória), ou o Saco do Alferes.”
Ainda segundo a Wikipedia “as primeiras obras de aterramento da região remontam ao início do século 20, quando foram construídas a Avenida Beira-Mar, a Praça Paris e a avenida da Praia do Flamengo. O desmonte gradual doMorro do Castelo forneceu material para novos aterros na região central, como o do Aeroporto Santos-Dumont.
Consegui uma foto do Flamengo em 1950 que mostra algumas das mudanças acima mas não o aterro, tal como hoje o conhecemos:
flamengo sem aterro em 1950
o Aterro do Flamengo tal como o conhecemos hoje foi construído com o material oriundo do desmanche do morro de Santo Antônio. O morro abrangia parte da atual Avenida República do Chile, com limites ao longo das Ruas do Lavradio, Carioca, Senador Dantas e Evaristo da Veiga.
O interessante é que no morro do Santo Antônio surgiu uma da primeiras favelas cariocas tal como no morro da Providência. Hoje se pode ver vestígios do morro olhando do Largo da Carioca para o prédio do BNDES – a elevação segue até a Rua do Lavradio.
Na década de 1950, a maior parte do morro foi destruída para fornecer material para um aterro, na época destinado às cerimônias do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional. Essa área posteriormente foi ocupada pelo Monumento aos Pracinhas e pelo Museu de Arte Moderna.
A foto abaixo é do final da década de 1950 mostrando a construção do Monumento aos Pracinhas bem como dos primórdios do parque do Flamengo.
Aterro em obras em 1960
Anos depois foi executada a parte principal do aterro. O entulho retirado do morro foi sendo despejado no mar, formando desde o pontal do Calabouço até o Morro da Viúva uma comprida restinga de pedras, formando uma laguna que a seguir foi aterrada, formando o que hoje conhecemos como a Praia do Flamengo.
Não havia previsão da construção de de um parque, apenas de vias expressas. Atribui-se a mudança dos planos, para a construção de um parque à à paisagista Carlota de Macedo Soares, amiga do governador do Estado da Guanabara Carlos Lacerda.
E felizmente foi feito – hoje temos um parque urbano belíssimo:
Aterro do Flamengo atual


Copacabana antiga em cinco tempos – Posto Seis

De vez em quando tomo um chopp no Sindicato do Chopp do Posto Seis, no Eclipse ou então uma cerveja no bar/ botequin “Bunda de Fora”, pontos bastante conhecidos em Copacabana.
Não são baratos esses locais; em compensação, a quantidade de pessoas diferentes que você tem a oportunidade de conversar costuma justificar os reais a mais gastos nessas incursões etílicas.
Nessas incursões, nunca me canso de admirar como Copacabana é um bairro “transitório”, se é essa a expressão correta. Nada é definitivo: não foi no passado, não é no presente e provavelmente não será no futuro…
Veja se você concorda observando as mudanças do Posto Seis…
Posto Seis no século XIX – data não conhecida
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Posto Seis nas primeira década do século XX
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Posto Seis na década de 30
[copacabanaposto6_decada_30.jpg]
Posto Seis atualmente
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Posto Seis em 2050…
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Fonte: http://rioantigofotos.blogspot.com/

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