domingo, 26 de dezembro de 2010

Mulheres Pastoras: Um Claro Oximoro de Acordo com as Escrituras

O que a Palavra de Deus tem a dizer sobre a questão de uma mulher poder ou não ser ordenada para o ministério por uma igreja local?

(Leia também o artigo anterior, P238, "A Ordenação de Mulheres ao Ministério Pastoral", para saber mais sobre o assunto).
O crescente número de mulheres que estão sendo ordenadas para o ministério é mais um claro sinal de que a apostasia final já começou. Por muitos anos, somente elementos marginais dentro do pentecostalismo permitiam que elas pregassem, porém aquilo que começou como uma gota está agora se transformando em uma torrente. Hoje, denominações/igrejas protestantes em todo o mundo, antes conservadoras, estão se rendendo à forte pressão de mulheres que querem se tornar pastoras — um legado do Movimento de Libertação da Mulher dos anos 60 e 70.
Mas, há base bíblica para uma mulher ser "bispa", ou pastora, como os cristãos geralmente se referem ao cargo hoje em dia? O desejo de servir ao Senhor Jesus Cristo nessa posição é recomendável e, no que diz respeito ao intelecto, habilidade e compaixão, muitas mulheres podem superar pobres pregadores como eu. Mas a questão não é habilidade e disponibilidade. Muito pelo contrário — o fator decisivo deve ser "o que dizem as Escrituras"! Porque Deus definiu as qualificações para aqueles que Ele chama para serem ministros do Evangelho.
Arnold Schwarzenegger, cidadão americano naturalizado (ele nasceu na Áustria) e atual governador da Califórnia, expressou várias vezes o desejo de ser presidente dos Estados Unidos. Mas, apesar de sua ambição política e capacidade pessoal, esse desejo não pode ser realizado porque a Constituição americana proíbe que pessoas de origem estrangeira assumam esse cargo. Não obstante ser possível que a classe política aprove uma emenda constitucional para mudar essa regra — abrindo, assim, a porta da presidência para cidadãos naturalizados — as leis e estatutos de Deus estão "gravados em pedra" e não são negociáveis.
Assim sendo, o que a Palavra de Deus tem a dizer sobre a questão de uma pessoa poder ser ou não ordenada para o ministério por uma igreja local, ou associação de igrejas? As seguintes passagens nos mostram — sendo, a primeira, uma instrução de Paulo a Timóteo:
"Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo." [1 Timóteo 3:1-7; ênfase adicionada].
A seguir temos as instruções de Paulo a Tito sobre o mesmo assunto:
"Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes." [Tito 1:5-9; ênfase adicionada].
Para aqueles que talvez se confundam com os termos "ancião" e "bispo", cito a seguinte explicação do Dicionário Bíblico Easton (1897):
"BISPO supervisor. Na época apostólica, é bastante evidente que não havia diferença entre ordenar bispos e anciãos ou presbíteros (Atos 20:17-28; 1 Pedro 5:1-2; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3). O termo bispo não é utilizado para indicar um ofício diferente daquele realizado por um ancião ou presbítero. Esses diferentes nomes são simplesmente títulos para o mesmo ofício, "bispo" designando a função, ou seja, de supervisão, e "presbítero" a dignidade referente ao cargo. Cristo é simbolicamente chamado 'o bispo [episcopos] das almas'" (1 Pedro 2:25).
Há muitos anos o vocábulo "pastor" tornou-se o termo usado pela maioria dos cristãos para designar ministros que foram chamados para o cargo de "bispo", ou "ancião" — isto é, para assumir a responsabilidade da liderança espiritual de um grupo de crentes organizados como "igreja". Ao passo que "pregador", de forma geral, refere-se a todos os ministros do Evangelho que dividem a responsabilidade de evangelizar, disciplinar e exortar homens adultos, juntamente com mulheres e crianças. E é precisamente o propósito de ministrar a homens que impede as mulheres de serem pregadoras no sentido historicamente aceito do termo.
Nas instruções de Paulo ao jovem pregador Timóteo, a seguinte passagem explica a razão por que Deus atribui ao homem a responsabilidade pela liderança espiritual e proíbe as mulheres de tencionar ensiná-los em tais circunstâncias:
"A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão." [1 Timóteo 2:11-14; ênfase adicionada].
Eva foi totalmente induzida a desobedecer a Deus quando Satanás, disfarçando-se de serpente, a enganou. Mas Adão foi levado à morte espiritual por ela "com seus olhos bem abertos", por assim dizer. Uma vez que Eva demonstrou suscetibilidade ao erro, Deus determinou que os homens assumissem a responsabilidade pela liderança espiritual. Esse princípio não se encontra especificamente definido no Antigo Testamento, porém, de fato, ele era observado no sacerdócio destinado somente aos homens de Israel. Deus atribuiu aos filhos de Arão a responsabilidade de servir como sacerdotes, sendo Arão o primeiro sumo sacerdote e, portanto, um tipo de Cristo — o supremo líder espiritual e figura varonil.
Assim, o desejo de assumir a função pastoral — com base no intelecto, capacidade educacional, e inúmeras outras coisas que aparentam indicar que as mulheres seriam igualmente qualificadas (talvez até mais, em alguns casos) — é totalmente irrelevante de acordo com a Palavra de Deus. Pois em toda organização deve haver um líder e espera-se que os homens desempenhem esse papel nas igrejas e nos lares cristãos.
Deus chama os homens para o ministério — eles não são apenas "voluntários". Muitos pastores experientes têm aconselhado aqueles que crêem sentir esse chamado a resistir até onde puderem! Em outras palavras, se você tiver êxito em resistir, você não tem o chamado de Deus. O conhecido profeta Jonas é um exemplo perfeito desse princípio. Ele literalmente fez tudo que pôde para evitar levar a mensagem de Deus aos ímpios ninivitas, porém, no final das contas, eles ouviram a Palavra dos lábios de Jonas, a despeito de sua extrema relutância. Quando Deus estabelece que algo tem de acontecer, acostume-se com a idéia! O apóstolo Paulo evidenciou isso na seguinte passagem:
"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" [1 Coríntios 9:16; ênfase adicionada].
Diante do exposto, como podem aqueles que defendem o ministério feminino explicar o fato de que, durante mais de 1900 anos da história da Igreja, não há nenhuma evidência suficientemente considerável de mulheres sendo compelidas a atender ao chamado? Se Deus estivesse designando mulheres para servir no sacerdócio durante esses anos, todos os chauvinistas machistas do planeta com suas tradições não poderiam detê-las! Porém, somente depois que os efeitos políticos do Movimento de Libertação da Mulher tiveram início, durante o último século, houve de fato um ímpeto nessa direção. Será que Deus estava apenas esperando por essa mudança de posição da sociedade para desobstruir o caminho? Francamente, em minha opinião, a resposta deve ser óbvia.

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Que Deus o abençoe.
Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução: Luciano M. Tsuda
Data da publicação: 28/2/2006
Revisão: V. D. M. — Campo Grande / MS e
http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/p257.asp

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