A Origem da Arte Marcial
O Wayshia Kempo é uma arte marcial registrada no Brasil, oficialmente, no ano de 2000, pelo Mestre Antônio Vicente do N. Bione. Contudo a concepção da arte se iniciou cerca de duas décadas antes, a partir dos seus estudos no campo das artes marciais, entre elas, principalmente, o Viet Vo Dao (à qual muitos se referem como o Kung-Fu Vietnamita) e do Zen Budismo. É importante frisar que o Mestre Bione não criou uma nova forma de combate, mas sim, aprimorando seus próprios conhecimentos, ele unificou a arte Vietnamita à fragmentos de técnicas de artes marciais do Laos, Camboja e Tailândia. Sendo, dessa forma o primeiro Mestre no Brasil a ampliar um conhecimento milenar dos países cujos territórios atuais integravam o Antigo Império Khmer. Tal civilização teve não só influências sobre as técnicas, mas também sobre a concepção dos objetivos e premissas básicas do Wayshia Kempo enquanto arte de combate. Portanto, o Wayshia Kempo, apesar de ser uma arte marcial brasileira, está calcado em conhecimentos originários do Império Khmer, cuja principal cidade situava-se no que conhecemos hoje como Camboja.
O Império Khmer e o Vietnam contemporâneo não foram as únicas fontes de influências para a criação do Wayshia Kempo. Praticamente todos os países da Indo-China sofreram influências chinesas, culturais e em suas formas artístico-marciais. Não obstante, é a China o berço do Kung-Fu, arte marcial que é, quando não a mãe, a avó, de grande parte das artes marciais modernas. Além disso, vários dos países da região sofreram influências, culturais e marciais do Japão, durante fases de trocas pacíficas e invasões. Outro país com relevante influência sobre a arte é a Índia. De fato, a etnia do povo que compunha o Império Khmer consistia, em grande parte, de indianos. Também era indiano o Grande Mestre Bodhidharma, praticante do Kalaripayátu e o Vajramushti (artes marciais da Índia), criador do Budismo Chan (ou Zen, como é mais conhecido no Japão e no mundo) e de diversos estilos de Kung-Fu chineses.
O Império Khmer e o Vietnam contemporâneo não foram as únicas fontes de influências para a criação do Wayshia Kempo. Praticamente todos os países da Indo-China sofreram influências chinesas, culturais e em suas formas artístico-marciais. Não obstante, é a China o berço do Kung-Fu, arte marcial que é, quando não a mãe, a avó, de grande parte das artes marciais modernas. Além disso, vários dos países da região sofreram influências, culturais e marciais do Japão, durante fases de trocas pacíficas e invasões. Outro país com relevante influência sobre a arte é a Índia. De fato, a etnia do povo que compunha o Império Khmer consistia, em grande parte, de indianos. Também era indiano o Grande Mestre Bodhidharma, praticante do Kalaripayátu e o Vajramushti (artes marciais da Índia), criador do Budismo Chan (ou Zen, como é mais conhecido no Japão e no mundo) e de diversos estilos de Kung-Fu chineses.
Premissas e Objetivos do Wayshia Kempo
Marciais
Em poucas palavras, poder-se-ia dizer que a arte consiste no agrupamento de estilos marciais de diferentes características (baseados nos movimentos de animais, na mitologia budista e Hindu em cinco naturezas representadas por cinco elementos: o fogo, a água, o ar, a terra e a madeira. Como critérios para determinar a que elemento um estilo pertence, têm-se as características dos mesmos, como a primazia pela velocidade, ou pela potência dos golpes; a ampla utilização de saltos, ou a configuração de bases firmes; a tática de manter seu oponente à distância, ou envolver-se em combates de torções e quebramentos; etc.
As buscas por entender a semelhança, complementaridade e contraposição de estilos têm como objetivo formar um praticante marcial versátil, capaz de se adaptar a diferentes tipos de adversário e situações, através da busca pelo domínio dos cinco elementos (“Equilíbrio dos Cinco Elementos”). Parte-se do princípio que um indivíduo que apresenta um padrão fixo de movimentação é facilmente estudado por seu oponente, em especial ao enfrentar adversários experientes, procurando-se, ao invés desse traço, desenvolver a plena adaptação e a imprevisibilidade.
Como dentro de um mesmo elemento há vários estilos, é possível a qualquer praticante (mesmo que tenha dificuldades para dominar algum estilo específico, devido, por exemplo, a algum problema de constituição física) encontrar um estilo ao qual se enquadrar dentro de cada elemento. Logo, o Wayshia Kempo não tem por objetivo formar especialistas em apenas uma natureza, ou estilo, mas artistas marciais capazes de se adaptar, mudar seus padrões de acordo com seus oponentes, ou mesmo de acordo com cada momento em um mesmo combate.
Filosóficos
A linha filosófica norteadora da arte é a do Zen Budismo, criado por Bodhidharma, a quem se dá o crédito, também, por uma das fases de grande desenvolvimento do Kung-Fu Chinês. Tal linha preza pelos ideais de honra, dedicação, respeito, amizade, lealdade, dignidade e integridade que são os alicerces do Wayshia Kempo. Uma das preocupações centrais do Wayshia Kempo é a preservação da essência das artes marciais, como uma maneira de aprimoramento físico e mental dos praticantes e não apenas uma forma de defender sua integridade física frente a situações de perigo.
Muitas artes marciais de grande prestígio tiveram seus nomes manchados por praticantes mal orientados, que se envolveram em atos de violência e vandalismo, desrespeitando os ideais de honra e dignidade que certamente estão presentes na tradição das artes que praticaram.
Os alunos de Wayshia Kempo são orientados a considerar o enfrentamento físico sempre como a última alternativa, após o esgotamento das demais possibilidades de evitar o confronto e de argumentação. Como um último recurso, então, as técnicas devem ser aplicadas sempre com responsabilidade, objetivando preservar a integridade física do praticante.
Defesa Pessoal
Como forma de defesa pessoal moderna, a arte oferece, através de seus múltiplos estilos, inúmeras formas de lidar com situações de risco à integridade física dos praticantes. Incluindo técnicas que vão desde a subjugação, à incapacitação completa do agressor.
Além disso, o Wayshia Kempo tem como objetivo familiarizar os seus praticantes com métodos de utilização de objetos presentes no cotidiano de nossa sociedade como forma de se defender de agressões de maneira mais eficaz, ou segura, do que apenas utilizando e arriscando o próprio corpo.
Armas Utilizadas
Quanto às armas, no Wayshia Kempo, são utilizadas, embora não restritamente, armas oriundas dos países que influenciaram na criação da parte de combate desarmado da arte. Porém, dá-se às técnicas com armas e aos seus significados filosóficos, um tratamento próprio do Wayshia Kempo, que em muitos casos se diferencia daquele da região de origem da arma. Não há, em nossa arte, uma arma considerada mais importante, ou de maior valor do que a outra. Desde o mais simples dos bastões até as espadas como o Dao e a Katana, passando por lanças, armas de arremesso e articuladas, todas são tratadas considerando seu significado para o método dos cinco elementos: uma extensão do corpo do praticante, com a qual ele deve se unificar, respeitando o elemento ao qual a arma se adéqua, objetivando maximizar suas funcionalidades.
Influências e Traços Culturais Presentes na Arte
Como forma de demonstrar respeito e fazer referência às influências culturais e filosóficas de diversas origens e reconhecê-las, os trajes e os símbolos utilizados no Wayshia Kempo são oriundos dos diferentes países citados do Império Khmer e por suas invasões ocorridas também Pós-Imperio. Por tal razão, alguns dos uniformes possuem traços semelhantes aos chineses, faixas coloridas como as utilizadas pelas artes japonesas para identificar as graduações e, comumente, em situações formais, ou nas práticas do sistema interno (Neyshia), colares budistas indianos.
Tais aspectos estão presentes também na terminologia da arte. O termo “wayshia”, por exemplo, é uma referência ao termo chinês “waijia”, que significa “o caminho externo”, ou “o Kung-Fu externo”. Termo usado em contraposição ao termo Neyshia, referente ao termo chinês “neijia”, significando “o caminho interno”, ou o “Kung-Fu interno”. Já o termo japonês “kempo” (ou “kenpo”) significa “o caminho do punho”, ou o “método do punho”.
Assim como boa parte da nomenclatura dos golpes, posturas e dos estilos, a maioria das seqüências (formas, ou como são chamadas em outras artes, “katas”, “katis”, “taolus”, etc.) são oriundas do Vietnam e representam a herança do Viet Vo Dao para o Wayshia Kempo. Contudo, a inserção de técnicas de armas e fragmentos de estilos de outras regiões, visando complementar o sistema dos cinco elementos, afastou o Wayshia Kempo do Viet Vo Dao tradicional e de suas atuais ramificações.
De tal maneira, o Wayshia Kempo, que pode ser traduzido, de forma praticamente literal como “o caminho do punho externo”, busca trazer, respeitosamente, referências de todas as origens das artes marciais que influenciaram na sua concepção e elaboração.
Tais aspectos estão presentes também na terminologia da arte. O termo “wayshia”, por exemplo, é uma referência ao termo chinês “waijia”, que significa “o caminho externo”, ou “o Kung-Fu externo”. Termo usado em contraposição ao termo Neyshia, referente ao termo chinês “neijia”, significando “o caminho interno”, ou o “Kung-Fu interno”. Já o termo japonês “kempo” (ou “kenpo”) significa “o caminho do punho”, ou o “método do punho”.
Assim como boa parte da nomenclatura dos golpes, posturas e dos estilos, a maioria das seqüências (formas, ou como são chamadas em outras artes, “katas”, “katis”, “taolus”, etc.) são oriundas do Vietnam e representam a herança do Viet Vo Dao para o Wayshia Kempo. Contudo, a inserção de técnicas de armas e fragmentos de estilos de outras regiões, visando complementar o sistema dos cinco elementos, afastou o Wayshia Kempo do Viet Vo Dao tradicional e de suas atuais ramificações.
De tal maneira, o Wayshia Kempo, que pode ser traduzido, de forma praticamente literal como “o caminho do punho externo”, busca trazer, respeitosamente, referências de todas as origens das artes marciais que influenciaram na sua concepção e elaboração.
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